domingo, 9 de janeiro de 2011

História Geral da África


Em 1964, a UNESCO dava início a uma tarefa sem precedentes: contar a história da África a partir da perspectiva dos próprios africanos. Mostrar ao mundo, por exemplo, que diversas técnicas e tecnologias hoje utilizadas são originárias do continente, bem como provar que a região era constituída por sociedades organizadas, e não por tribos, como se costuma pensar.


Quase 30 anos depois, 350 cientistas coordenados por um comitê formado por 39 especialistas, dois terços deles africanos, completaram o desafio de reconstruir a historiografia africana livre de estereótipos e do olhar estrangeiro. Estavam completas as quase dez mil páginas dos oito volumes da Coleção História Geral da África, editada em inglês, francês e árabe entres as décadas de 1980 e 1990.

Além de apresentar uma visão de dentro do continente, a obra cumpre a função de mostrar à sociedade que a história africana não se resume ao tráfico de escravos e à pobreza. Para disseminar entre a população brasileira esse novo olhar sobre o continente, a UNESCO no Brasil, em parceria com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação (SECAD/MEC) e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), viabilizaram a edição completa em português da Coleção, considerada até hoje a principal obra de referência sobre o assunto.

O objetivo da iniciativa é preencher uma lacuna na formação brasileira a respeito do legado do continente para a própria identidade nacional.

O Brasil e outros países de língua portuguesa têm agora a oportunidade de conhecer a Coleção História Geral da África em português. A coleção foi lançada em solenidade, em Brasília, com a presença dos ministros de Educação e Cultura.

Faça o download da coleção a partir do Portal da Unesco


Palavras-chave: história, áfrica, publicações

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O Conceito de Meio Ambiente Segundo Graduandos em Educação Física: Discurso do Sujeito Coletivo

Raymundo Paula de Arruda et al.

A ação humana exaure os recursos naturais do Planeta e aprofunda as desigualdades entre os homens e entre as nações. A educação é a um só tempo a forma de perpetuar tal estado de coisas, ao impor o consenso reprodutor do status quo, e a forma mais eficaz e eficiente de transformação, ao desvelar os conflitos e construir soluções para a crise paradigmática da nossa civilização. Neste sentido, este estudo busca verificar as representações sociais de graduandos em Educação Física sobre meio ambiente, com vistas a contribuir para que incorporem uma visão crítica que os “empodere” para atuar em Educação Ambiental e para a Saúde. Investigou-se um universo composto de 26 alunos, os quais produziram dois discursos durante o estudo: um exploratório e outro após a intervenção. A estratégia metodológica escolhida foi o Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), e como referencial teórico utilizou-se a teoria das Representações Sociais. Observou-se que em ambos os momentos os alunos apresentaram concepções naturalistas do meio ambiente, que por vezes "se movimentaram" para antropocêntricas. Poucos mostraram uma representação contextualizada, o que sugere a necessidade de suplementação do currículo da Educação Física com vistas a sua “ambientalização”.

Palavras-chave: Educação Ambiental, Educação Física, Representação Social, Discurso do Sujeito Coletivo


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